segunda-feira, 28 de abril de 2008


Tóca o telefone...

ELE: Alô?
ELA: Olá!
ELE: Quem é?
ELA: Sou eu, a felicidade iludida.
ELE: O que você quer?
ELA: Dizer que eu te amo
ELE: De novo? Eu já ouvi isso umas 15 vezes. Você não cansa?
ELA: Quem ama não cansa...
ELE: Mas eu canso... Eu não a amo!
ELA: O quê?
ELE: É isso mesmo, eu iludo e por isso me chamo ilusão do amor.
(Neste exato momento uma lágrima de sangue corre à face da menina até o momento de desabar no chão.)
ELA: Como você pode dizer isso?
ELE: Dizendo oras. Não devo nada a ninguem.
ELA: Não deve nada?
ELE: É claro q não.
ELA: Deve sim. Seu amor.
ELE: Hã? Amor?
ELA: Sim... Você me faz voar tão alto e agora diz que não me ama?
ELE: Você deve estar ficando louca!
(e as lágrimas não paravam de rolar)
ELA: Estou louca mesmo... Pois acreditei em você.
ELE: Você sabia que era só amizade, não é?
ELA: É claro que não... Você veio falando coisas românticas, fascinando-me só com palavras e ainda me deu um beijo...
ELE: Um beijo? Aquilo nem foi beijo...
ELA: Não foi? O Que foi então?
ELE: Um selinho...
ELA: E selinho não é beijo?
ELE: Não.
ELA: Quer dizer que eu não significo nada pra você?
ELE: Significa...
ELA: O que?
ELE: Uma bela de uma conta a mais no final do mês. Agora vou desligar.
ELA: Não... Por favor!
ELE: Por que?
ELA: Porque eu te amo...
ELE: Qual o valor que seu amor vai me dar?
ELA: Felicidade.
ELE: Eu espero coisas materiais...
ELA: Eu vou ser sua...
ELE: Isso não vale... Quanto você custa?
ELA: Por que esta pergunta?
ELE: Se eu enjoar posso te colocar na bolsa de valores?
ELA: O que fiz para me tratar assim?
ELE: Me amar! Agora vou desligar!
ELA: Não, por favor!!!
ELE: Quer parar com isso? Não enche!
ELA: Não por favor, não desligue.
ELE: ?
ELA: Fala comigo...
ELE: ?
ELA: Pelo amor de Deus, responda que me ama!
ELE: Escute aqui, eu já estou farto de você. Agora ve se me esquece.
ELA: Eu prefiro morrer a te esquecer.
ELE: Ah é? Então se mata!

TU, TU, TU...

ELA: Não... por favor... não faça isso comigo! Eu te amo!

ALGUNS DIAS DEPOIS...
- Do que morreu esta garota? - perguntou um curioso.
- De intoxicação provavelmente... tomou vários remédios em muitas quantidades. - respondeu a enfermeira.
- Coitada... ela tinha algum problema?
- Sim, sofria de amor...

*e então, no dia do enterro da menina, o garoto o qual ela amava, comparecia ao local prestando sua última homenagem - jogou uma rosa vermelha e falou baixinho: "EU TE AMO"

*e lá em cima.. ela olhando tudo, respondeu para si e para os quatro ventos que sopravam: "TARDE DEMAIS!"

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